COLECIONAR: COMO COMEÇAR?
Ao navegar na internet ou frequentar encontros de automóveis antigos, muitas pessoas sentem saudades de uma determinada época ou sentem-se atraídos pelas recordações que algum tipo ou modelo de motocicleta trazem.
Quem nunca suspirou diante de uma reluzente CG125 1977: Ahhh comecei numa igualzinha a essa!
Pois é, dai pra vontade de colocar uma delas na garagem é um pulinho…
Mas dar esse pulinho nem sempre é fácil. Primeiro vem o temor dos custos envolvidos, o cidadão pode imaginar que a compra da moto é apenas a ponta do iceberg de despesas – e pode realmente ser, como também pode não ser.
Vou colocar algumas sugestões pra quem ta querendo começar e precisa de um empurrãozinho, mas por favor, entenda: são minhas sugestões. Sugestões baseadas nas experiencias que tive, existem sem duvidas outras formas de iniciar uma coleção que são muito válidas também, vai de avaliar o desafio que cada um quer encarar, dos recursos que dispõe e principalmente e o que lhe dará maior prazer.
Comece devagar: acredito que uma boa parte dos leitores deste site são motociclistas com uma boa experiencia, portanto não terão dificuldades em entender a explicação. Da mesma forma que somos instruídos a começar no motociclismo “por baixo”, nas 125 cc, depois partindo pra uma 250 cc e assim por diante, fazendo uma “escadinha” que depois de certo tempo nos permite até mesmo domar uma maquina com mais de 200 hp, recomendo que o colecionismo de motos clássicas comece da mesma forma
– D E V A G A R! bem devagar. A escadinha de cilindradas é diretamente proporcional a escadinha de custos. Enquanto é possível comprar um carburador de CG125 antiga por cerca de R$ 200,00, talvez R$ 300,00, a simples regulagem de carburador de uma 750 four pode custar mais do que o dobro disso. E um carburador de uma CBX1050 1980 pode custar o preço de uma CG125 1980.
Cg125 1980 – anunciada por R$ 4.000,00 |
Carburador de uma CBX1050 1980 (6 carburadores, 6 cilindros) pode valer mais do que uma CG125!! |
Além disso, em geral, as motos de baixa cilindrada foram (e são) muito mais abundantes no mercado, isso significa fartura de peças. Não estou sugerindo que se comece necessariamente por uma CG125, mas vamos pensar numa moto monocilíndrica, a ar, que tenha tido em grande quantidade em sua época para começar? Para os Yamahistas, que tal começar pela DT180?
Procure algo conhecido: Sem dúvida colecionar itens raros é gratificante! Nos passeios que dou com minhas motos percebo que quando estou com a Agrale Dakar 30.0 ou com a Vespa, chamo efetivamente a atenção dos motoristas e pedestres. Já quando estou com a XL 125S o publico não a percebe com tanta facilidade. É claro! são raridades. Más, quando preciso de uma peça de reposição, encontro com muito maior facilidade e por um preço muito inferior as peças da XL125S do que as peças da Agrale Dakar 30.0
Da Vespa até que não posso reclamar, existe fartura de peças no mercado, e o que não tem por aqui pode normalmente ser importado da Itália – aliás, a pequena vespa também pode ser um bom começo, graças a fartura de peças e a mecânica simples.
Como regra, pode considerar que, quanto mais comum for sua clássica menos dor de cabeça você terá para encontrar peças e também quem dê manutenção a elas.
A escolha da moto: Quem não ouviu a máxima: O barato sai caro! – pois é, na escolha de uma companheira, procure dar muito valor para o “pedigree” da moto. Conhecer sua linhagem é importante, documentação, histórico, os proprietários anteriores, que uso deram a ela, se dá pra confiar na quilometragem apresentada, se já passou por alguma restauração etc. Na minha opinião mais vale pagar a mais por uma moto de real procedência do que se aventurar a comprar barato e assumir de gastar depois.
Precisa fazer conta: vale a pena pagar pouco, gastar bastante e ter como resultado uma moto restaurada? |
Procure, antes de comprar, fazer uma lista do que cada uma das candidatas precisa de manutenção imediata: – pintura aqui, tampa lateral ali, troca da capa do banco, vai precisar abrir motor? (ai!) – ai cote em uma oficina especializada em restaurações para conhecer, ou pelo menos ter uma boa ideia, de quanto você vai gastar antes de te-la em ordem.
Ou melhor gastar bem mais na compra, gastar pouco na manutenção futura e ter certamente uma moto de melhor revenda? |
Há quem prefira comprar um quadro enferrujado com documentação e fazer toda a restauração. Ha outros – como eu – que buscam uma motocicleta o mais próximo do original possível, moto com baixa km, que não tenha tido manutenções, que não tenha sofrido alterações em sua pintura, que não
Não leve gato por lebre: Atenção, muita atenção e muito cuidado aqui. Armadilha! nem sempre a moto mais cara anunciada é a melhor. Nem sempre a que apresenta um tanque novinho, plásticos brilhando é a melhor compra! Desconfie de motos muito novas, plásticos amarelam, pneus ressecam, pinturas normalmente acabam sendo riscadas… Tem muita gente desonesta ai, anunciando “raridades” para “colecionadores”, “impecáveis” e quando você vai ver a moto é uma reformada daquelas que dá pra ver de longe. O tanque bonito, bem pintadinho, os plásticos também, mas peças de outras motos começam a pipocar, cores de motor, acabamentos e itens secundários não batem com o que era original… e o proprietário jura que nunca foi reformada, que é 100% original. – Cuidado! se for pra comprar uma “reformadona”, de preferencia a comprar o quadro enferrujado e fazer sua própria restauração, pelo menos saberá como foi feita e a fará respeitando critérios – ou mais fácil, seguir buscando por uma verdadeira raridade imaculada. Não hesite em chamar algum amigo colecionador pra te ajudar a encontrar a moto, avaliar ela quando for vê-la. Evite a todo custo comprar por impulso.
Comprar de colecionadores: Talvez ai esteja a melhor das dicas pra quem está começando. Diferente do que se imagina, os colecionadores costumam vender suas motos, as vezes cansam do modelo, as vezes precisam do $ pra comprar outra mais cara e rara, as vezes seu nível de exigência sobe tanto que ele não aceita mais alguma pequena imperfeição de uma de suas motos e decide vende-la. Seja qual for o motivo, motos de colecionadores sérios são excelentes para iniciar uma coleção, sem falar que você se aproximando deste colecionador terá maior facilidade em auxílios futuros, tanto em relação a moto que você esta comprando como em novas investidas. Para identificar o colecionador sério, é simples: – vá até sua garagem. Veja como ele tem e mantem suas motocicletas, veja quais ele tem, se segue uma linha na coleção, se são bem tratadas. Se todas estão bem tratadas e são originais, se ele é capaz de contar a historia de cada uma delas, certamente a candidata que você está escolhendo é do mesmo padrão. Sem falar que uma visita a uma garagem de um colecionador é sempre um grande prazer. Se não acertar as condições da compra, tenha certeza que sairá de lá com um grande amigo, e terá aprendido bastante durante a visita. Colecionador é diferente de um negociante, ele tem paixão e deve transmitir essa paixão durante a conversa!
Exposições e os clubes de antigomobilismo são excelentes portas de entrada. Não tenha medo, todos ali foram iniciantes em algum momento, terão sempre o maior prazer em acolhe-lo e instrui-lo. O colecionador gosta de exibir suas motos, falar sobre elas, portanto toda e qualquer pergunta será bem recebida (as vezes a pergunta se ele quer vender a “joia” não seja tão bem recebida, mas nada que passe de um rosnado)…
Comprou? E agora? – bem antes de qualquer coisa e seja lá qual a procedência da moto, recomendo que se faça uma revisão minuciosa. Troque todos os fluidos (todos mesmo: suspensão dianteira, freios, óleo, refrigeração etc), lubrifique todos os pontos de lubrificação, verifique estado dos cabos, mangueiras, borrachas, rolamento das rodas, da caixa de direção, lonas/pastilhas de freio, pneus, câmaras de ar, lampadas, reaperto de todos parafusos, filtros enfim, recomendo que pegue a mais completa manutenção sugerida no manual e a execute de cabo a rabo, com muito critério. Algumas pequenas coisas vão aparecer neste momento, solucione-as, e uma vez revisada ela estará apta a te dar grande prazer, seja imponentemente exposta na sala de visitas de sua casa ou durante os passeios de final de semana!
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Sensacional matéria, e dicas importantes.
Para completar, para quem quer recuperar uma motocicleta, clássica ou não, é seguir firme, não dar bola para os comentários, pois vai ter um monte de "faz isso, faça aquilo, mexe aqui, etc.," um saco daqueles de fazer inveja a qualquer Papai Noel.
Muito bom texto, mas uma coisa interessante é que quando você compra uma moto antiga o pessoal te chama de louco, dizem que tú queres abrir um museu e por ai vai, mas salvar uma clássica, não tem preço. Outra coisa que sinto é a grande dificuldade de achar peças originais de motos nacionais dos anos 80, por incrível que pareça, é mais fácil garimpar peças de motos japonesas dos anos 70 que as nacionais…
Forte abraço
Molina
Muito bom texto, mas uma coisa interessante é que quando você compra uma moto antiga o pessoal te chama de louco, dizem que tú queres abrir um museu e por ai vai, mas salvar uma clássica, não tem preço. Outra coisa que sinto é a grande dificuldade de achar peças originais de motos nacionais dos anos 80, por incrível que pareça, é mais fácil garimpar peças de motos japonesas dos anos 70 que as nacionais…
Forte abraço
Molina
Muito bom texto, mas uma coisa interessante é que quando você compra uma moto antiga o pessoal te chama de louco, dizem que tú queres abrir um museu e por ai vai, mas salvar uma clássica, não tem preço. Outra coisa que sinto é a grande dificuldade de achar peças originais de motos nacionais dos anos 80, por incrível que pareça, é mais fácil garimpar peças de motos japonesas dos anos 70 que as nacionais…
Forte abraço
Molina
Ontem aconteceu uma que tem tudo a ver. Um conhecido, o Everton, com sua nua de 600 semi-nova, andou numa Kawa 1000 de 1982 em Campinas. Ficou impressionado com a posição de pilotagem nada dobrada comparando com as de hoje, ainda mais a sua moto. Quer por que quer uma das clássicas, e não para encostar. Sua nua atual vai ser trocada por uma trail e vai pegar alguma maquinona das bôas, kkkk!
Ontem aconteceu uma que tem tudo a ver. Um conhecido, o Everton, com sua nua de 600 semi-nova, andou numa Kawa 1000 de 1982 em Campinas. Ficou impressionado com a posição de pilotagem nada dobrada comparando com as de hoje, ainda mais a sua moto. Quer por que quer uma das clássicas, e não para encostar. Sua nua atual vai ser trocada por uma trail e vai pegar alguma maquinona das bôas, kkkk!
Ontem aconteceu uma que tem tudo a ver. Um conhecido, o Everton, com sua nua de 600 semi-nova, andou numa Kawa 1000 de 1982 em Campinas. Ficou impressionado com a posição de pilotagem nada dobrada comparando com as de hoje, ainda mais a sua moto. Quer por que quer uma das clássicas, e não para encostar. Sua nua atual vai ser trocada por uma trail e vai pegar alguma maquinona das bôas, kkkk!