Honda XLX 350 R viveu pouco, mas deixou muitas para trás

Compartilhe este conteúdo

Gosto de olhar os números de produção das motos no Brasil. Apesar de frios, eles contam histórias de começo, meio e fim dos nossos modelos. Quer um exemplo? Em março de 1992, foram produzidas as últimas unidades da Honda XLX 350 R na fábrica da Honda, no sufocante calor de Manaus, capital do Amazonas. Falando assim, pode não parecer interessante, mas depois de 30 anos do final da produção, ainda tem muita gente apaixonada pela XLX 350 R. Eu sou uma delas, mas sou suspeito gosto de todas as motos… Mas, como é aniversário da XLX, vamos focar no Xizelão!!!

Viajar de XLX 350 R era divertido, não importava a estrada. Hoje ainda é legal, permite voltar ao passado e lembrar dos bons tempos…

Na Seção Garagem, o Diego escreveu muita coisa legal e sobre a sua XLX 350 ano 1988 – leia aqui. Naquele ano o modelo “nadava de braçada” foram produzidas 10.293 unidades e a XLX ganhou o título de quarta  moto mais vendida do Brasil. Em segundo lugar estava a Honda XL 125S com 16.308 unidades, seguida pela Yamaha DT 180 (outra que me tira o sono) com 13.291 unidades. A grande campeã de vendas foi, como sempre, a Honda CG 125 que atingiu a marca de 50.820 unidades naquele ano.

Ver o mundo assim era um privilégio para poucos em 1988, naquele ano a XLX era a quarta moto mais vendida do Brasil

Veja só que interessante. A XLX, nos seus áureos tempos, desbancou um monte de moto, entre elas TODAS da Yamaha – exceto a DT 180. Até dentro da Honda, a XLX não deixou espaço para ninguém. Modelos como a XLX 250R, ML 125 e CB 450 DX não eram páreo para essa trail que era abusada e gostosa de pilotar – talvez esse tenha sido o seu grande trunfo.

Se você já teve (ou pilotou) uma XLX 350 com certeza lembrará daquele largo guidão e o par de enormes retrovisores que mostravam tudo o que vinha atrás. A sensação era magnifica, depois de ligar, o motor emitia um zumbido gostoso, quase conversando com o piloto e oferecendo os 30 cv de potência. Mas o grande barato estava mesmo no torque e no rodar macio, quase sem trocar de marchas…. Na frente aquela “rodona” de 21 polegadas superava os buracos enquanto o paralama balançava “lá na frente” – que sensação boa!!!

Esse prazer de pilotagem e, claro, o fato de não haver concorrentes na época – quando começou a produção, em abril de 1987, era a maior trail do Brasil – fez da XLX 350 um objeto de desejo. Lembro que quando alguém chega de XLX 350 na minha faculdade, sempre ganhava mais atenção!!!

blank

A trajetória da XLX durou pouco. Começou em abril de 1987 e terminou em março de 1992. Nesse período foram produzidas 40.419 unidades (veja quadro acima). Apesar de sua curta história – apenas seis anos – , é um modelo que, como disse no começo, tem muitos fãs. Se você leu até aqui, com certeza é um deles, parabéns!!!


Compartilhe este conteúdo

50 comentários sobre “Honda XLX 350 R viveu pouco, mas deixou muitas para trás

  • Difícil não ser fã e sentir saudades da XL 350. Máquina que fez sucesso, e aí dona Honda conseguiu estragar(na minha opinião) ela. Mesma coisa fez com a CBX 750f. Ótima lembrança.

    Resposta
    • Também tive uma xlona 88, igual a da reportagem. Um espetáculo de moto. Viajei muito com ela. Macia demais, boa de curva, boa de arrancada e câmbio de seis marchas. Mataram a XLX 350 por causa da Sahara, que era o mesmo motor porém com câmbio de 5 marchas, com uma carenagem que parecia a penteadeira.

      Resposta
        • Com certeza 6 marchas o mesmo motor só que com um diferencial.
          Partida elétrica.

          Resposta
        • Esse mundo das duas rodas é maravilhoso só quem faz parte dele sabe o quanto. Não mim vejo sem moto.elas nós deixam mas felizes com serteza o prazer de pilotar é terapia antes estresse…

          Resposta
      • Bom .
        Eu ainda tenho minha xizelona. 350 r 90.
        Mas já saí com um motor da sahara com partida elétrica.
        Aos meus 56 anos já não aguento mais bater pedal.

        Resposta
      • Comprei uma XLX 350R ano 88 com 3.920 km originais. Achei ela em uma galpão abandonado e estou restaurando as carenagens e o tanque que oxidou e furou porque estava a 4 anos sem funcionar. A única coisa que precisei trocar foi o óleo. Está andando que é uma beleza. Até os pneus são originais. Pretendo terminar a restauração e vende-la por um preço justo. Está fácil para colocar placa de colecionador! Ela é igualzinha a da foto da reportagem.

        Resposta
        • Tive uma 88 preta e vermelha.em 89 comprei uma.branca e azul pois já vinha com descompressor que facilitava para dar partida. Ótimas motos, mas a Rainha das Xizelonas foi a XL 250…só vi de.consumo de todo amante.de.motos.

          Resposta
      • Olá Srs. … hoje ,em Maio/22 eu tenho a minha raríssima, já tive outras 3 ,sempre na cor branca, essa de hoje é preta/vermelha… Muito linda ,coloquei á venda mas estou pensando muito em retirar o anúncio… Nostalgia pura .

        Resposta
      • Eu também tive uma XLX 350 r sou apaixonado até hoje se eu pudesse teria outra .

        Resposta
      • Tive varias, de todos os anos e cores, branca 88, branca com vermelho 89, azul com banco cinza 89, 90(3 unidades) e uma azul com banco azul 91. Realmente uma moto que deixa saudades. Talvez se a honda tivesse colocado partida eletrica como na sahara, a xlx 350r teria uma vida mais longa

        Resposta
      • Realmente era ótima moto. Forte, valente, potente e ao mesmo tempo confortável e gostasse de pilotar.
        Mas, preciso falar da DT 180, que também possuía antes da XLX 350. Também ótima moto, confortável e muito boa de pilotar.

        Resposta
      • Boa noite!

        Se eu estiver terrado corrijam-me por gentileza… acho que na verdade trata-se da XLX 250R – versão aprimorada da XL 250 R, certo? … como disse anteriormente. Não lembro-me da XLX 350R(?) !! Caso a mesma de cilindrada aumentada existiu.

        Resposta
        • sim, houveram as duas, a XLX250R em 1984 substituindo a XL250R e depois, na sequencia a Honda lançou a XLX350R, conforme você pode ler na reportagem e ver inclusive as fotos da moto. abraço

          Resposta
    • Realmente uma pérola . Muitas saudades ! Agora não vi ninguém falar das invertidas na canela …. kkkkkkkkk

      Resposta
      • ninguém falou mesmo, pois só da invertida na canela se não souber ligar ou se tiver desregulada.. a fama é maior do que a dor…. kkkkk

        Resposta
      • A melhor moto que eu tive,ótima, só faltou a partida elétrica,tive uma 87 e uma 88, show.

        Resposta
    • Tive duas uma preta e uma vermelha e ainda queria achar uma no jeito pra comprar.
      Ter como relíquia.
      Sou muito fã..

      Resposta
    • Eu sou apaixonado por uma dessa,e muito boa tenho vontade de ter uma ,já tive 4 xlx250 sonho com uma

      Resposta
      • Cruz credo de moto. Tive o desprazer de ter uma, 1991. Que merda. Uma bigorna

        Resposta
  • Adorava o xlslesão…..aí fzweam a cagada de produzir a sahara…na minha opinião perdeu a graça

    Resposta
    • Comprei uma em 2014 , está sendo restaurada por completo .

      Resposta
  • Realmente a moto depois que pegava era um trator , mas a minha foi a primeira 87 , ruim de partida , carrego até hoje o sinal na canela de um pedal que voltou kkk
    Parabéns pela matéria, mesmo assim tenho saudades

    Resposta
  • Tive várias xlx 350 mas o incoveniente era o pedal…Sahara sua sucessora foi outro sucesso eu tive várias a grande vantagem era a partida elétrica e carburador a vácuo que trazia mais potência e deixou muita saudade…

    Resposta
  • Moto robusta, forte, resistente, porém pra dar na partida tinha que ser “cabra macho”. Essa geração de hoje ia chorar muito!!!

    Resposta
  • Tenho vários sinais do coice que levava do pedal de partida,,,era cada joelhada no guidão…..
    Mas era a moto!!!
    Saudades 😔

    Resposta
  • Sim, uma baita maquina que marcou época! Tive uma azul que só faltava subir pelas paredes. Só pilotava ela de botina pra preservar minha canela. Nimguém mencionou a Tenere 600 que virou sonho de consumo. O rumo natural foi a Sahara que teve suas qualidades, começando pela partida elétrica e proteção aerodinâmica em longas viagens. Também curti muito a minha do “Capitão América”!

    Resposta
  • Eu até sinto falta da minha, minha canela não sente não! Kkkk

    Resposta
  • Tive duas uma preta e uma vermelha e ainda queria achar uma no jeito pra comprar.
    Ter como relíquia.
    Sou muito fã..

    Resposta
  • Que saudade! Tive uma verde e branca 90, realmente uma moto maravilhosa, muito gostosa de pilotar só sabe quem teve, em 93 peguei a Sahara azul e vermelha, outra moto muito boa, mas não se comparava com a XLX 350.

    Resposta
  • Até hoje eu tenho uma é só alegria, nunca me deixou na mão Até porque ela avisa antes de dar pane, à xlx 350 r na minha opinião foi uma das melhores motos da década de 80/90 , sempre viajo na minha xlx com minha esposa nós adoramos o passeio e a moto ainda chama atenção por onde passa, quem não vai lembrar dela XLX, minha é 1990 branca com verde .
    Obrigado à todos por ter compartilhado suas experiências aí vai a minha.

    Ótima entrevista com a XLX 350 R muito obrigado!

    Resposta
  • Que saudade…..tive 5 delas…..a ultima foi uma 90 branca e verde. Só quem teve sabe

    Resposta
    • Boa tarde realmente única designers muito além do seu tempo , forte pau pra toda obra , ja tive duas 87, 88.hoje tenho 5 uma mais linda q a outra e todas novas

      Resposta
  • A Sahara com carburador a vácuo nao chegava aos pés da xizeloxa com carburador abrindo o pistonete e despejando potência na hora,pronta resposta.tenho uma 89 azul e amarela. não vendo,não dou e nem empresto.

    Resposta
  • Sou proprietário de uma 1987 preta e amarelo, estou mudando o motor para o de sahara devido a partida elétrica, mas não vendo de jeito nenhum, muito confortável e de desenho bonito e atual, pra mim uma das melhores motos da honda até hoje, que sofreu um grande pecado da montadora por não ter recebido partida elétrica, permanecer firme e forte por 35 anos não é para essas motos eletrônicas frágeis de hoje, ela é uma guerreira!

    Resposta
  • Boa tarde!
    Tenho uma XLX350R que está comigo deste 1994, comprei na época de segunda mão com 27.000km, hoje está com 98.500km, a única coisa que tenho feito no motor e a troca da corrente de comando, de resto não tenho nada que queixar da xzelona, boa demais.

    Resposta
  • Complementando o comentário anterior a minha XLX350R 1987, cor branca com detalhes banco azul e adesivos no tanque vermelho, vinho e azul. Show de bola.

    Resposta
  • Eu trabalhava em Vila Vellha ES como mecânico de máquinas de costura e fui consertar uma máquina em uma casa que na garagem tinha uma moto de cor azul muito empoeirada, fiquei doido pela moto pois se tratava de um sonho de consumo, observei que a moto era uma 350 com poucos kms rodados mas a moto era uma preciosidade pois tinha cara de XL 350 com partida mas a mulher me falou que era uma Sahara original no documento Eu dei um teima com ela tipo a moto é trepada com um motor da Sahara mas ela foi firme e disse que aquela era a primeira Sahara e que foram poucas unidades produzidas no Brasil e no Estado do Espírito Santo tinha apenas poucas unidades, o marido da mulher era Veterinário e a moto estava parada a anos, alguém já viu uma moto dessa? É praticamente uma XL 350 com partida elétrica, só que Sahara.

    Resposta
    • ela saia de fabrica como sahara, com documento de sahara, e NAS CONCESSIONARIAS, recebia um kit chamado REBORN.

      Resposta
    • Sim, tinha uma loja, chamada Mesbla Motos, que fazia essa conversão da Reborn. Hoje eu vi uma dessas anunciadas no OLX

      Resposta
  • Ainda sou um feliz proprietário de um XLX350R ano 90. 33 anos comigo.. olha que tenho 70 anos e ainda consigo dar a partida da azulzona com banco azul.
    Ah sem marcas na canela,e jeito…

    Resposta
    • Rapaz, começo a achar que essas tais caneladas ou joelhadas são teoria da conspiração. Já andei caçando muita Xiselona pra comprar, desde as judiadas até
      as bonitas, de vários anos, e nenhuma delas fez o tão temido coice. Se isso acontece, suponho ser problema de regulagem, manutenção deficiente.

      Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *