Concessionárias que fizeram história

Compartilhe este conteúdo

Se você gosta de motos clássicas, é bom saber que também existem concessionárias clássicas. Elas fizeram (ou ainda fazem) história e moram no coração de muitos motociclistas. Eu, por exemplo, trago lembranças maravilhosas da AGE Moto, concessionária Agrale que ficava na Avenida Cursino, no Ipiranga em São Paulo Capital. Lá os irmãos Elder e Gilberto vendiam motos e apoiavam os motociclistas aventureiros que cortavam o planeta de Agrale. Eu até já escrevi sobre isso, mas o tema veio a tona quando olhei um foto antiga da Flamotor, de São Paulo. Aí veio a ideia da matéria.

Lembra desse anúncio? Está na Duas Rodas (ano 152 de fevereiro de 1988). Olha só quanto equipamento bacana…

Em Sampa

Falei com o meu amigo (e ex-patrão), sim isso é possível (kkkk) Josias Silveira que era o dono da Revista Duas Rodas na época áurea do motociclismo. “Lembro com saudades da Projeto H (Av. Pres. Juscelino Kubitschek) e também da Comstar, aquela da Rua Pamplona“. Segundo Josias, ir na concessionária era um passeio: “na Comstar batia longos papos com o preparador Milton Benite, um dos melhor que conheci. Ele era capaz de tirar tudo de uma CG 125” lembrou.

Josias tem razão, ir na concessionária era um passeio. Eu fiz muito isso, nas manhãs de sábado ir na Flamator – na Rua Domingos de Moraes – era de lei. Chegava lá e já ia tomar o “café da tia” ou um refrigerante enquanto a minha Agrale ficava no estacionamento. Mesmo não tendo moto Honda, era muito bem tratado naquela concessionária. Outra coisa é que não deixava de comprar algum equipamento… Mas esse hábito de ir na concessionária não era só em São Paulo. Conversei com os amigos Fausto Macieira (do Rio de Janeiro) e Téo Mascarenhas (de Belo Horizonte) que falaram sobre o assunto. Acompanhe:

Téo Mascarenhas, lembra de BH…

Em Belo Horizonte nesta época, duas concessionárias se destacavam. Exatamente entre as marcas rivais, Yamaha e Honda.
Pelo lado da Yamaha, a Motorauto surfou na onda (com trocadilho) do fora de estrada que virava uma espécie de febre em Minas e no Brasil. Uma das responsáveis foi a Yamaha DT 180. A Motorauto virou ponto de encontro reunindo a galera. Inclusive para para festivos “happy hours”. Ainda no fora de estrada, preparava motos, oferecia acessórios e equipamentos e patrocinava enduros.
Do outro “lado” a Honda Motocity no coração da Savassi, badalado bairro de BH. A Motocity foi uma das primeiras concessionárias Honda Do Brasil e reunia o pessoal do asfalto para encontros, viagens e para a resenha sobre motos. Um simpático ponto de encontro que também tinha espaço para a convivência com a galera da poeira com as Xiselonas 250
“.

Téo Mascarenhas (camiseta Alpinestars) e Josias Silveira (à esquerda) jornalistas “das antigas” que lembram como as concessionárias eram especiais

No Rio de Janeiro

“Aqui no Rio a concessionária mais marcante pra mim foi a RTT, na rua Toneleiros, em Copacabana. Meu primeiro emprego foi lá, de menor aprendiz – de motociclista, aos 14 anos, adorava esse emprego. E em Petrópolis a MotoMundi, na rua Coronel Veiga, que era em um casarão antigo muito bonito. A família Lyra é amiga há décadas, todos andam muito bem de moto. Depois venderam o casarão e fizeram uma sede moderna na mesma rua“.

(já contamos a historia de uma das viagens de Ricardo Lyra, confira clicando aqui)

blank
Fausto Macieira, comentarista do MotoGP e amigo do Motos Clássicas 80, contando sobre seu primeiro emprego e as concessionarias do RJ

Leia também outras histórias legais sobre concessionarias e sua importância pro motociclismo:

Yamaha DT 180Z, em 30 anos só rodou 4.000 km

Peças, onde encontrar? O que vale a pena guardar?


Compartilhe este conteúdo

5 thoughts on “Concessionárias que fizeram história

  • Putz sem duvidas, comprar itens pelos anuncios das revistas era legal, e inovador… voce tinha muitas opçoes, eu mesmo comprei meu par de botas Jatan pretas num anuncio da Flamotor… comprei pochete com “Nylon de paraquedas” …rsss
    Acessorios para minha Agrale, e ainda ganhava uns brindes vez por outra…. tipo um adesivo, um chaveiro…..
    E realmente, ser o Point de Encontro dos fans e amigos era muito legal…. mil historias, aprendizados com o pessoal da oficina,namorar “aquele ultimo lançamento”…
    Boas recordaçoes…

    Resposta
  • Nos anos 70 em Guaxupé, MG tinha a Guavema, uma revenda Dodge, que também revendia Honda, desde a época das importadas, foi lá que via primeira CG, no lançamento em 1976 . A revenda ficou com o mesmo dono até os anos 2.000 e pouco, depois foi vendida, hoje está com outro nome.

    Resposta
  • Muito legal relembrar essa época. A ProjetoH, de São Paulo, fez uma das mais belas CB 400 dos anos 80. Ima branco pérola, testada pela revista moto 4 rodas. Está aqui, guardada.

    Resposta
  • Muito legal a matéria ! Lembro de TODAS as concessionárias mencionadas exceto a Projeto H (SP). Na Motocity (BH), havia um museu muito legal e não sei se continua lá, ou será que estou confundindo com a MotoStreet??? rsrsrsrsr. Quanto à MotoMundi e RTT (só conheci a de Botafogo, não de Copacabana) eu era freguês… E finalmente, ainda no RJ, havia a concessionária mais legal de todas nos anos 1980, chamada BITTIG, que foi minha patrocinadora na F-400 !

    Resposta
  • trabalhei na moto Roma agrale em Santos Centaurus yamaha em Santos Veleiro veiculos honda em Santos e Convel yamaha em Sao Paulo! Fui proprietario da Spyder em campinas concessionaria FBM. sem falar nas bocas de suino! (carinhosamente) moto hobby valejo e parada C. moto ha tive um lavamotos no gonzaga em Santos tambem! entremeado com participaçao em corridas como copa rd 350 12horas interlagos 500 milhas campeonato paulista motocross de dt 180 copa cbr 450 formula yamaha rx 125 foi legal kkkk!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *