A era da eletrônica!

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Parafernália eletrônica das motos modernas

Eram os metais… cromados, estampados, polidos e reluzentes!  De manufatura cara, peso elevado.  Transmitiam uma ideia de robustez incrível!  Assim foi, até os anos 1970.  Nos anos 1980 vimos o plástico tomar conta, é fato que no inicio a indústria ainda não dominava a técnica e os plásticos rachavam, desbotavam…  Com isso ficaram mal falados e reforçaram a ideia da robustez dos metais dos anos 70.

Mas eles evoluíram, neles se conseguiam formatos antes impossíveis, flexibilidade, algo desejável más antes impensável em um para lama por exemplo, cores, relevos, e aos poucos o plástico tomou conta, carenagens inteiras das esportivas passaram a ser de plástico, até mesmo o tanque de combustível foi feito nesse material, restava ao metal apenas as funções estruturais e mecânicas mesmo!

Essa foi a tônica dos anos 1980, manteve-se nos 1990, 2000 etc, o plástico realmente veio pra ficar. Hoje ninguém mais reclama dele, da moto mais barata do mercado à mais cara, todas tem plásticos em abundância!

Nos anos 2000 iniciou-se uma corrida pela potência das esportivas e pela perda de peso, tudo foi revisado, parafusos chegaram a ser reduzidos para garantir algumas gramas a menos… Metais nobres passaram a ser usados, alumínio, titânio eram comuns, a fibra de carbono também apareceu, se não “de fabrica” mas como acessórios pra reduzir ainda mais o peso. As motos ficavam mais leves a cada ano, mais potentes, mais leves, mais potentes.  Isso foi antes da obrigatoriedade dos catalisadores, que voltaram a engordar todas as motos.  Não era raro uma esportiva 1000cc nos anos de 2003 – 2004 pesar cerca de 170kg a seco, hoje elas saem de fabrica na casa dos 190kg…

São os ciclos, as fases de desenvolvimento das motocicletas e são justamente essas fases que as distinguem uma das outras na hora de colecionar.  Certamente daqui a 30 anos, uma Yamaha R1 com 170kg original vai ser objeto de desejo de uma geração.

Mas, o que me leva a escrever-lhes neste momento, é o fato que pode-se detectar uma nova era aparecendo, a era da eletrônica!

Minha ultima moto moderna foi uma Suzuki Hayabusa 2009, grande companheira de viagens, a qual vendi a cerca de 1 ano e ½.  Ela tinha dois recursos eletrônicos apenas, a injeção eletrônica e o seletor de 3 “mapas” de injeção no painel, onde podia-se selecionar um modo de pilotagem agressiva, moderada e para chuva, cada um desses mapas regulava a injeção eletrônica de forma a garantir o efeito desejado.  Em resumo, a eletrônica era apenas a injeção mesmo! Nem ABS tinha…. Não se passaram mais do que 5 anos…

regulagem do parabrisas, piloto automatico, acesso aos
menus…

Comecei a procurar uma nova companheira de estrada, outra moto moderna pra por na garagem, e as opções não são poucas, porem o que mais chama atenção é a quantidade de recursos eletrônicos disponíveis…

– piloto automático (Cruise control) – como nos automóveis
– suspensão eletrônica – dispensa o conhecimento técnico de “retorno, compressão, pré-carga” e traduz isso em simples opções:  – piloto, piloto+garupa, piloto+garupa+bagagem, pilotagem esportiva, uso urbano e por ai vai…
– controle de tração
– freios abs

Sem duvida está ai a nova era, a era da eletrônica!  Como no inicio da era dos plásticos, a “turma dos cromados” reclamava de sua eficiência e durabilidade, nós, que somos da era da mecânica, vamos desconfiar dos eletrônicos, questionar se o prazer da pilotagem não será afetado, questionar a cada defeito que surgir no painel, a cada pane…. até que nos acostumaremos a esses itens, eles passarão a fazer parte do nosso dia a dia.

E o mais legal de tudo isso?  é que a cada era nova que surge, nossas clássicas, carburadas, com partida a pedal, com pneus com câmaras e faróis fracos – ficam cada vez mais clássicas, mais desejadas, mais importantes!

Por essa simples razão:  um viva a eletrônica!


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6 comentários sobre “A era da eletrônica!

  • É um bom assunto para se pensar.
    A eletrônica serve para ajudar, mas tem quem a dispense. Lembro de uma reportagem na saudosa revista Motoshow, num teste da Guzzi 1000 Le Mans, que os japoneses compravam mais Guzzis que os americanos e italianos, pois eles, naquela época já, estavam fartos de tanta eletrônica embargada nas motos da época.
    Ajuda, e vai ficando cada vez mais presente, isso não tem volta.
    Sem tanta eletrônica, só mesmo as antigas e clássicas.

    Resposta
  • É um bom assunto para se pensar.
    A eletrônica serve para ajudar, mas tem quem a dispense. Lembro de uma reportagem na saudosa revista Motoshow, num teste da Guzzi 1000 Le Mans, que os japoneses compravam mais Guzzis que os americanos e italianos, pois eles, naquela época já, estavam fartos de tanta eletrônica embargada nas motos da época.
    Ajuda, e vai ficando cada vez mais presente, isso não tem volta.
    Sem tanta eletrônica, só mesmo as antigas e clássicas.

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  • É um bom assunto para se pensar.
    A eletrônica serve para ajudar, mas tem quem a dispense. Lembro de uma reportagem na saudosa revista Motoshow, num teste da Guzzi 1000 Le Mans, que os japoneses compravam mais Guzzis que os americanos e italianos, pois eles, naquela época já, estavam fartos de tanta eletrônica embargada nas motos da época.
    Ajuda, e vai ficando cada vez mais presente, isso não tem volta.
    Sem tanta eletrônica, só mesmo as antigas e clássicas.

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  • Mas que numa escorregada no asfalto molhado o controle de tração é bem vindo, isso ninguém pode negar!

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  • Mas que numa escorregada no asfalto molhado o controle de tração é bem vindo, isso ninguém pode negar!

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  • Mas que numa escorregada no asfalto molhado o controle de tração é bem vindo, isso ninguém pode negar!

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