QUEM NÃO TINHA CÃO CAÇAVA COM GATO

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No início da década de 80 os enduros de regularidade agitavam o mundo dos amantes do off-road e era difícil competir com as nossas XL 250 R, que apesar da confiabilidade mecânica e do torcão em baixa rotação, era bem mais pesada que as DT 180 da Yamaha. Os traieiros fãs da XL sonhavam com as já famosas XR japonesas cuja importação era proibida na época.
Então o jeito era transformar nossos “tratores” em motos mais leves pra encarar nossas trilhas com mais facilidade.

A Projeto H, revenda Honda de São Paulo, vendia um kit de banco, ponteira de escapamento, rabeta e bolsinha de ferramentas pra deixar nossas companheiras mais ágeis e o Paco, seu mecânico na época, retirava o bagageiro, bateria, trocava o pesado chicote elétrico por fios estritamente necessários pra ligar o alternador com o pequeno farol que só tinha uma lâmpada e a lanterninha traseira que ficavam sempre acesos. O painel era substituído por um único odômetro que além do pino pra zerá-lo tinha adaptado mais um pino pra podermos regular o odômetro parcial, item importante pra navegação nas provas. Uns traieiros mais abonados aumentavam a cilindrada para 300 cc.
Trocávamos o pinhão por um de 13 ou 14 dentes e uma corôa de 56 e com os pneus Bridgestone de cravos o nosso tratorzinho virava um verdadeiro tanque de guerra.
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 Era difícil passar de 100 km/h mas subia até em parede. Grandes recordações e quanta saudade!

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