CBR1000F – beleza, resistência e versatilidade

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CBR1000F

Sonhamos com a volta das importações de veículos durante toda a década de 1980 – as víamos em revistas, percebíamos o esforço da industria nacional em coloca-las aqui de alguma forma – a Agrale com transferência de tecnologia Cagiva, a Honda adaptando projetos e visuais do exterior em sua linha nacional, como a CBR450SR e a NX350 Sahara por exemplo, e até mesmo a chegada da CBX750F em 1986, a Yamaha conseguiu emplacar alguns modelos atuais pra época, como XT600Z Ténéré e RD350R… mas sentíamos falta de mais,  queríamos as grandes motocicletas.

A primeira moto a desembarcar no Brasil depois da abertura das importações foi a CBR1000F!!!
Capa Revista Duas Rodas anos 1980 - CBR1000F
Com uma carenagem integral que fazia questão de esconder absolutamente toda a mecânica da motocicleta, inclusive o quadro, era o que a Honda chamava de “conceito aero” – lindíssima!


A moto CBR1000F

Lançada em 1987, quando ainda era chamada de Hurricane, mas antes de chegar ao Brasil, ainda em 1989 ja perdia esse nome e passou a ser chamada apenas pelas siglas.  No entanto é comum, e absolutamente aceito, ser chamada pelo antigo pseudônimo até os dias atuais. 
Com 132 cv e 232 kg, não é uma moto leve, mas se considerarmos o que havia naquela época, estava bem adequada. Como referencia, a Suzuki GSXR1100 (primeira geração), oferecia ao seu condutor 143 cv e pesava 240kg.  
Ultrapassar a barreira dos 260 km/h (161 mph) era um marco importante, e o conceito aero, bem diferente do que toda concorrência oferecia, era um grande aliado nas altas velocidades – muito embora a mais rustica Suzuki a superasse em desempenho, a diferença na velocidade final por exemplo, estava em menos de 10km/h.

Uma grande aventureira..

Como assim?  tá doido?  
– Claro que não!  Hoje em dia, quem não se afasta de sua bigtrail nem pra ir a padaria, quem considera a viagem a Ushuaia como um grande desafio, desconhece o fato de que, com uma CBR1000F o médico Guillhermo Godoy se aventurou pela América do Sul, Norte, Europa e Asia… cruzando inclusive a mítica rodovia Transiberiana!
Guillhermo Godoy com sua CBR1000F em 1996 em Torres del Paine - Patagonia Chilena.
Guillhermo Godoy com sua CBR1000F em 1996 em Torres del Paine – Patagonia Chilena.
Moto extremamente resistente, e acredite, muito confortável – Na Europa era comum viajar com motos esportivas (não as super-esportivas, mas as sport-touring como Hayabusa, CBR1000F, Honda Blackbird, Kawasaki ZX-12 e ZX-14) – claro que não vou entrar aqui na discussão de qual é melhor ou pior pra cada viagem, mas o fato é que é possível viajar com absolutamente qualquer moto ao redor do mundo, basta ter o motociclismo na alma – como nos ensinou Dr Guillermo e outros que vieram..


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3 comentários sobre “CBR1000F – beleza, resistência e versatilidade

  • Linda a CBR. Elas(1000 e 600), lançadas junto com a belíssima Ducati Paso 750, eram o máximo em beleza desse final dos anos 80. Ainda vejo algumas bonitonas rodando por aí, e claro, sua concorrente Kawa ZX 11.

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  • Linda a CBR. Elas(1000 e 600), lançadas junto com a belíssima Ducati Paso 750, eram o máximo em beleza desse final dos anos 80. Ainda vejo algumas bonitonas rodando por aí, e claro, sua concorrente Kawa ZX 11.

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  • Linda a CBR. Elas(1000 e 600), lançadas junto com a belíssima Ducati Paso 750, eram o máximo em beleza desse final dos anos 80. Ainda vejo algumas bonitonas rodando por aí, e claro, sua concorrente Kawa ZX 11.

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