Ao lado dos meus ídolos

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Quando assisti ao GP do Brasil de 1992 de motovelocidade, disputado em Interlagos, dois pilotos tinham grande atenção da mídia na época, o americano Kevin Schwantz e o australiano Michael Doohan. Ambos se destacavam pela rivalidade e ligação com suas marcas, Schwantz acelerava a Suzuki RVS  enquanto Doohan competia NSR 500.
O tempo passou e mais uma vez encontrei com esses pilotos (dentro e fora das pistas). Schwantz foi campeão do mundo em 1993 e se despediu das corridas do MotoGP em 1995. Mas seguiu sua vida na parceria com a Suzuki.
Já o australiano Doohan colecionou títulos com a Honda. O primeiro título veio em 1994 e ele continuo vencendo todos os campeonatos mundiais até 1998, sempre de Honda.
Aqui, em 1994 no circuito de Jerez (Espanha), eles duelam Doohan com o numeral 4 e Schwantz com a número 1 defendendo o título conquistado no ano anterior.

                                                                 Fora das pistas

Muito interessante é ver como as marcas usam a seu favor esses pilotos de extrema relevância, dentro e fora das pistas.
A Suzuki, por exemplo, manteve Schwantz no seu staff ao apresentar suas esportivas aos jornalistas de todo o mundo. Foi assim no ano 2000 no lançamento da superesportiva Suzuki GSR-R 750 SRAD injetada. Sempre bem humorado atendeu a todos os jornalistas com muita atenção e nos mostrou o poder da nova moto, no autódromo de Santa Mônica (Itália).

                                                              Por favor, não caiam

Eu estava lá e ainda lembro das palavras do campeão, com seu inglês carregado do sotaque texano “por favor não caiam, só temos 14 motos para vocês andarem”. Para mim, jornalista estreante em viagens ao exterior (trabalhando pela Revista Duas Rodas), aquele aviso foi bem pesado. Confesso que foi comedido ao acelerar a Srad 750, nas curvas.

Cicero Lima e o americano Schwantz no lançamento da SRAD 750 pela revista Duas Rodas

Porém, um jornalista alemão não se ligou no conselho e caiu. Ainda lembro das partes da carenagem quebrada chegando no box na caçamba da picape. Sem a menor vergonha, o jornalista pediu um autógrafo do campeão na carenagem partida, e foi prontamente atendido. Confesso, fiquei com inveja, imagina ter na sua garagem uma carenagem autografada pelo campeão. Guardo até hoje a lembrança da foto (feita pelo amigo Geraldo “Tite” Simões) ao lado do Kevin.

                                                                    Vem cá Doohan

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Doohan, sempre atencioso com todos sempre presente nas ações da Honda

Já o australiano Doohan é um pouco mais tímido e não tão desinibido quanto o texano da Suzuki. Mas, assim como Kevin, o penta campeão da Terra dos Cangurus é figura carimbada nos boxes dos campeonatos mundiais e ações de marketing da Honda em todo mundo.
Tive a sorte de estar com com ele na área dos boxes do Rio GP em 2003, claro que tietei e pedi para tirar uma foto ao lado do australiano cinco vezes campeão do mundo.

Minha fascinação por esses caras fica ainda maior ao ver as corridas antigas e o quanto eles se arriscavam. Um exemplo é a corrida em Macau onde o texano passava ao lado do muro com sua Suzuki RGV 500 com motor 2T, coisa de maluco, confira no vídeo.


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